A Polícia Civil do Paraná vai prorrogar o prazo para a conclusão do inquérito policial que investiga a aplicação irregular de peeling de fenol em Curitiba.
O caso veio à tona após uma idosa de 64 anos ser internada com queimaduras graves no rosto depois de ter realizado o procedimento no mês de maio. A suspeita de aplicação se apresentava como biomédica, mas até o momento não entregou nenhum documento que comprove a sua formação. A delegada Aline Manzatto, responsável pelo caso, apontou que ouviu a vítima, que está com o estado de saúde bastante debilitado, mesmo após alta hospitalar.
A suspeita deve ser ouvida novamente pela polícia nesta semana. Em uma operação feita pela Polícia Civil e pela Vigilância Sanitária, a clínica onde a mulher atendia foi fechada por diversas irregularidades. Além do alvará ter sido emitido para a realização de procedimentos não invasivos, havia produtos vencidos e outros prescritos para a suspeita, mas que eram aplicados nos clientes.
Em resposta a polícia, a Anvisa também informou que o peeling não possui resolução que permite a sua aplicação. A própria polícia da Anvisa fala que não tem nenhum estudo ainda comprovando, então eles já responderam com aquilo lá. Então não poderia, era um medicamento ou cosmético, tanto faz, porque tanto cosmético como medicamento é equiparado da mesma forma nesse artigo 273, que não poderia ter sido aplicado por absolutamente ninguém.
A suspeita deve responder pelos crimes de exercício ilegal de medicina, lesão corporal grave e falsificação de medicação ou produtos destinados para fins terapêuticos.