Carlos Gustavo Poggio, professor do Departamento de Ciência Política do Berea College, explica decisão da Suprema Corte dos EUA que pode garantir a Trump direito a imunidade criminal.
A Suprema Corte dos Estados Unidos tomou decisão nesta segunda-feira (1º) que contraria decisões de instâncias inferiores, possibilitando uma imunidade parcial a presidentes que tenham cometido crimes no cargo desde que sejam “atos oficiais”, concedida a Donald Trump, que concorre à presidência.
A decisão ocorreu em relação à invasão do Capitólio, e deliberou se Trump poderia ser julgado por tentar manipular as eleições de 2020. Agora, tribunais menores precisarão traçar os limites do que é “oficial”, portanto imune, e “não oficial” (ações como pessoa física).
Para entender a questão, a CBN conversa com Carlos Gustavo Poggio, professor do Departamento de Ciência Política do Berea College.
“O que a Suprema Corte está decidindo é que o sistema criminal normal, que serve para todo mundo, não serve para o presidente nos seus atos oficiais. E isso argumenta-se que será importante, isso foi inclusive dito na decisão, que será importante não só para agora, mas também para o futuro. Presidentes futuros poderão estar liberados nos seus atos oficiais para eventualmente cometer crimes. Então, por um lado, você tem o argumento de que é importante você ter uma certa garantia de que o presidente não vai ser perseguido por qualquer ato que ele fizer na presidência, e por outro lado, isso pode fazer com que alguns presidentes se sentem mais à vontade para cometer crimes, na medida em que eles sabem que não serão processados no futuro.”
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