Sob o espectro do conflito com Israel, de uma economia em dificuldades e do descontentamento social, os iranianos dirigiram-se às urnas nesta sexta-feira (28) para eleições presidenciais antecipadas que poderão ser as mais importantes para o país em décadas.
A morte súbita do Presidente Ebrahim Raisi em um recente acidente de helicóptero, juntamente com o Ministro das Relações Exteriores Hossein Amir-Abdollahian, deixou um vazio de liderança. Raisi, leal ao regime de linha dura, era amplamente considerado como um dos principais candidatos para substituir o Líder Supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, de 85 anos, que detém a autoridade final sobre todos os assuntos de Estado.
Três conservadores competem com um único candidato reformista para o cargo, depois de dezenas de outros candidatos terem sido impedidos de concorrer. Dos candidatos, Masoud Pezeshkian, 69 anos, legislador reformista e ex-ministro da Saúde, Saeed Jalili, conselheiro de segurança linha-dura e negociador nuclear, e Mohammad Bagher Ghalibaf, presidente conservador do parlamento iraniano, são amplamente considerados os favoritos no primeiro turno. Os candidatos finais foram pré-selecionados pelo Conselho Guardião do Irã, que reporta diretamente a Khamenei.
Algumas pesquisas mostraram uma popularidade crescente de Pezeshkian, com o restante dos conservadores dividindo a votação.
Com informações da Reuters.