O general boliviano Juan José Zúñiga foi condenado a seis meses de “prisão preventiva” por seu papel na liderança de um golpe fracassado contra o governo no início da semana, disse um importante promotor nesta sexta-feira (28).
A Procuradoria-Geral da Bolívia solicitou a detenção de seis meses e disse que outros órgãos governamentais, incluindo o Ministério da Defesa e o Ministério do Interior, apoiaram o pedido “devido à importância e gravidade dos acontecimentos ocorridos”, disse o procurador estadual Cesar Siles.
“Esta prisão preventiva que o juiz ordena abrirá sem dúvida um precedente e um bom sinal para que esta investigação possa continuar a avançar”, acrescentou Siles.
O general havia liderado unidades militares que se reuniram na praça principal da capital La Paz, sede do palácio presidencial e do Congresso da Bolívia. Um veículo blindado bateu na porta do edifício para permitir que os soldados entrassem no palácio, na quarta-feira (26).
O ex-chefe do Exército Boliviano havia sido acusado pelo Ministério Público do país pelos crimes de terrorismo e levante armado mais cedo nesta sexta-feira (28).
Segundo o promotor boliviano, Zúñiga foi indiciado por terrorismo, que acarreta entre 15 e 20 anos de prisão, bem como por revolta armada, que pode levar uma pena de 5 a 15 anos.
O general disse que estava seguindo uma ordem do presidente Luis Arce, que negou ter qualquer envolvimento ou conhecimento prévio da operação de Zúñiga.
O ex-chefe das Forças Armadas foi preso na noite de quarta-feira (26), horas depois, segundo o presidente Luis Arce e o Ministério Público, de ter liderado o frustrado levante que durou algumas horas no qual veículos blindados e um grupo de soldados entraram no Palácio do Governo.
Até agora, 21 pessoas foram presas pelos acontecimentos de quarta-feira, incluindo Zúñiga.
Veja fotos da tentativa de golpe na Bolívia: