Após encontro da sala de situação, a ministra do Meio Ambiente afirmou que concentração do fogo indica que maioria dos focos ocorreu por ação humana e negou atraso no combate às chamas pelo governo federal.
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou que o incêndio no Pantanal é uma das piores queimadas da região e frisou que o fogo que atinge o bioma é “fora da curva de tudo que já se conhece”. Após encontro da sala de situação, criada para controle do desmatamento e incêndio no Pantanal e na Amazônia, a ministra disse que 85% das áreas em chamas estão concentradas em propriedades particulares, o que indica que a maioria dos focos ocorreu por ação humana. Ela, porém, negou que tenha ocorrido atraso na ação do governo.
El Niño, La Niña e incêndios criminosos
O governo atribui o incêndio à mudança do clima, aos fenômenos climáticos El Niño e La Niña, além de ações criminosas e ao manejo controlado do fogo. Marina Silva disse que os municípios mais desmatados são os que agora mais sofrem com as queimadas. Mais de 50% dos focos de incêndio estão concentrados no município de Corumbá, no Mato Grosso do Sul.
A ministra do Planejamento, Simone Tebet, disse que os ministérios vão apresentar os custos necessários para as ações e os valores vão ser discutidos na reunião da Junta Orçamentária, na quarta-feira (26). Ela, porém, indicou que os possíveis créditos extraordinários vão ser menores do que os necessários para socorrer o Rio Grande do Sul.
O Ministério da Justiça faz um trabalho de inteligência para identificar os focos de incêndio criminosos. Ao todo 175 brigadistas do Ibama atuam nas queimadas, além de 40 do ICMBio e 53 militares da Marinha. Haverá, ainda, um reforço de 50 servidores do Ibama e 60 militares da Força Nacional. O Ministério da Defesa criou duas bases principais e cedeu, além de embarcações, seis helicópteros e duas aeronaves.