Urgência do projeto foi votada em menos de 30 segundos, de maneira simbólica no plenário. Líderes dizem que o presidente da Câmara não vai deixar que texto seja arquivado e não vai aceitar pressão.
Após polêmica com aprovação relâmpago da urgência do “PL antiaborto legal” que equipara o aborto ao crime de homicídio, mesmo em casos de estupro, o presidente da Câmara, Arthur Lira, propôs aos líderes na reunião desta terça-feira (18) que as urgências sejam protocoladas uma semana antes de serem apreciadas. Assim, os parlamentares terão sete dias para analisar a proposta antes da votação.
A sugestão de Lira veio dias após a votação, que durou menos de 30 segundos e aprovou a urgência do “PL antiaborto legal”, que deixará, então, de passar por comissões indo direto a plenário. O tema da votação não foi anunciado na ocasião no plenário e foi aprovado de maneira simbólica.
Lira não vai aceitar pressão nem arquivar texto
Sobre a votação do projeto, líderes disseram que Lira deixou claro que não vai aceitar arquivar e que não vai aceitar pressão. O que o presidente da Câmara propõe é criar uma comissão especial sobre o “PL antiaborto legal”, mas deixou claro que quer, sim, pautar o texto, mesmo com essas pressões.