Autoridades do governo federal ligadas ao Ministério do Meio Ambiente, por meio do ICMBio e do IBAMA, e também dos órgãos estaduais de defesa ambiental de Mato Grosso do Sul, se reuniram nesta terça-feira (18) para discutir medidas de ação contra os incêndios da região pantaneira.
A área atingida pelos incêndios florestais deste ano no Pantanal Mato Grossense é quase 20 vezes maior do que o total queimado no mesmo período do ano passado. De acordo com o Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul, já são 340 mil hectares destruídos pelo fogo, uma área equivalente ao dobro da ocupada pela cidade de São Paulo.
Bombeiros do Mato Grosso do Sul no combate ao incêndio no Pantanal. — Foto: Reprodução/Bombeiros MS
Na próxima quarta-feira (19), o Grupo de Resgate Técnico Animal Cerrado Pantanal, o GRETAP, órgão especializado em salvamento de silvestres, vinculado à Secretaria Estadual de Meio Ambiente, vai iniciar operações de prevenção e resgate de animais vítimas dos incêndios no bioma. Nesse primeiro momento, a intenção é auxiliar no afugentamento da fauna e na retirada daqueles animais das áreas de risco. Ainda estão sendo observados deslocamentos de animais na medida em que o fogo avança e, até o momento, não há registros de grandes mamíferos atingidos.
Uma equipe com cerca de 30 integrantes do GRETAP se deslocou para o município de Corumbá com o apoio de viaturas da Polícia Militar Ambiental, do Corpo de Bombeiros e do Instituto do Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul. No Pantanal, o grupo vai ter o reforço de mais técnicos e vai seguir de barco para os locais onde se concentram os focos de incêndios.
Essa primeira equipe deve permanecer 10 dias em campo e, havendo necessidade, poderá ser substituída. Os animais que necessitarem de cuidados serão atendidos no próprio local ou encaminhados ao Centro de Reabilitação de Corumbá e de Campo Grande, onde há um hospital veterinário especializado em fauna silvestre.
Esteve presente na reunião de planejamento integrado André Lima, secretário do Ministério do Meio Ambiente. Ele frisou a importância da ação conjunta entre a população e o poder público no combate do fogo no Pantanal, e na organização de medidas diante das mudanças climáticas.