LDO prevê que recursos devem somar cerca de 40 bilhões para o ano que vem, mas nos bastidores deputados e senadores já debatem ampliar o valor para cerca de 50 bilhões de reais. Vice-Presidente diz que espera anunciar medidas de corte de curto, médio e longo prazo.
Em meio ao debate sobre corte de despesas do governo, o Congresso Nacional se articula para garantir a manutenção do atual patamar de emendas no orçamento do ano que vem. Embora o governo fale em apertar os cintos, deputados e senadores não estão dispostos a abrir mão das emendas, que são destinadas para obras e serviços em redutos eleitorais. No orçamento de 2024, elas somam cerca de 50 bilhões de reais. Esse mesmo patamar deve ser mantido nas discussões sobre a peça orçamentária do ano que vem, o que aperta ainda mais as despesas do Executivo.
Ao enviar a Lei de Diretrizes Orçamentárias para debate no Congresso, o governo colocou a previsão de quase 40 bilhões de reais em emendas para 2025, valor menor do que o de 2024. A LDO baliza o orçamento que ainda será enviado. Nos bastidores, no entanto, a pressão já é grande para que o valor das emendas alcance os 50 bilhões de reais, igualando o patamar deste ano.
O relator da LDO, senador Confúcio Moura, afirma que os parlamentares estão sensíveis ao corte de gastos prometido pela equipe econômica, mas afirma que não vê espaço no momento para reduzir o valor das emendas parlamentares.
O presidente da Comissão Mista de Orçamento, deputado Júlio Arcoverde, também explica que o governo agora precisa fazer o dever de caso e cortar as despesas, mas sem reduzir as emendas parlamentares.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou na última semana que a equipe econômica terá como foco do trabalho a redução de despesas, já que a Lei Orçamentária será enviada ao Congresso até o fim de agosto.// O vice-presidente Geraldo Alckmin, em evento no interior de São Paulo, disse que o governo espera indicar cortes de curto, médio e longo prazo.