As nações da União Europeia não estarão diretamente envolvidos, por enquanto, em um empréstimo de US$ 50 bilhões que as nações do Grupo dos Sete (G7) planejam levantar para a Ucrânia com base na renda de ativos russos congelados, disse a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, neste sábado (15).
Meloni afirmou que a Europa já estava contribuindo fornecendo mecanismos de garantia para o empréstimo.
A premiê italiana ainda acrescentou que o acordo foi anunciado e será fornecido pelos Estados Unidos, depois, o Canadá, o Reino Unido e provavelmente o Japão, sujeitos às suas limitações constitucionais, também anunciaram que provavelmente participarão.
Durante o primeiro dia da reunião no sul da Itália, os países do G7 chegaram a um acordo sobre uma proposta preliminar para fornecer 50 bilhões de dólares em empréstimos à Ucrânia, apoiados por juros de ativos russos congelados.
O acordo foi considerado um sinal poderoso da determinação ocidental em relação à guerra na Ucrânia.
Na declaração da cúpula, os líderes do G7 disseram que queriam infligir custos adicionais à Rússia pela invasão da Ucrânia e também prometeram sanções contra entidades que ajudaram Moscou a contornar as restrições ao seu comércio de petróleo, transportando-o de forma fraudulenta.
A primeira-ministra italiana disse que não houve controvérsia sobre o aborto durante as negociações da declaração do G7.
Meloni, que lidera um governo de direita, enfrentou dificuldades no tratamento de questões sociais sensíveis no documento que resume o trabalho do G7.
Os líderes do grupo não fizeram qualquer referência direta ao aborto no seu comunicado final, com a Itália se recusando a ceder à pressão francesa para incluir a palavra.
O rascunho também gerou acusações de diluir o apoio aos direitos LGBTQ em comparação com a declaração emitida na reunião anterior dos líderes no Japão.