O primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, realizou uma coletiva de imprensa no final da cúpula do G7, o grupo das sete maiores economias do mundo, na sexta-feira (14), dizendo que “a imigração ilegal se tornou agora uma emergência global”.
Sunak disse que foi a primeira vez que uma cúpula do G7 discutiu a imigração, uma questão crucial para Meloni, que está pressionando a Europa a ajudá-la a conter os fluxos ilegais da África e que lançou um plano emblemático para impulsionar o desenvolvimento no continente, na tentativa de combater a causa raiz das partidas.
Durante o primeiro dia de reunião no sul da Itália, as nações do G7 concordaram em um acordo para fornecer 50 bilhões de dólares em empréstimos para a Ucrânia, apoiados pelos juros de ativos russos congelados – considerando o acordo como um sinal poderoso da determinação ocidental.
Na declaração da cúpula, os líderes do G7 disseram que queriam impor mais custos à Rússia por sua invasão à Ucrânia e, também, prometeram sanções contra entidades que ajudaram a Rússia a contornar restrições ao seu comércio de petróleo transportando-o de forma fraudulenta.
“A Rússia é uma ameaça aos nossos valores, à soberania das nações europeias. Não vai parar, se for bem sucedida na Ucrânia, e é por isso que é o certo apoiar a Ucrânia, é por isso que é o certo investir mais em nossa defesa”, disse Sunak.
Eleições no Reino Unido
Sunak aproveitou a oportunidade para falar sobre as eleições gerais no Reino Unido, marcadas para 4 de julho.
“Keir Starmer e o Partido Trabalhista não vão cumprir essa promessa. Os gastos com defesa não aumentarão sob um futuro governo trabalhista, eles foram muito claros sobre isso. Então, como ele vai manter o Reino Unido seguro, as pessoas seguras e nos proteger das ameaças em todo o mundo e dissuadir a Rússia? Essa é uma pergunta para ele”, disse Sunak ao responder a uma pergunta sobre a posição do Partido Trabalhista britânico, caso saia vitorioso no pleito.
O Partido Trabalhista, de oposição, lidera todas as pesquisas de intenção de voto por uma larga margem e tem uma grande chance de vencer a disputa.
Na média das pesquisas, 44% dos eleitores dizem que pretendem votar nos trabalhistas, liderados por Sir Keir Starmer. Apenas 23% dizem que vão votar no Partido Conservador, de Sunak.
O partido que conseguir o maior número de deputados na Casa dos Comuns, a Câmara baixa do Parlamento, vai indicar o futuro primeiro-ministro.
Na prática, apenas Starmer ou Sunak têm chances de liderar o país a partir do dia 5 de julho.
Os conservadores estão no poder desde 2010 e tiveram cinco primeiros-ministros neste período.
Os dois últimos, Sunak e Liz Truss, assumiram o posto sem disputar eleições, já que o sistema parlamentarista do país permite que o partido com maioria no Parlamento indique o seu líder para o posto.
O estado da economia, imigração, segurança nacional em tempos de guerra na Europa e a deterioração dos sistemas públicos de saúde e educação estão entre os assuntos prioritários para os eleitores.