A Justiça do Rio marcou para o dia 27 de junho uma audiência entre a SuperVia e o governo para definir os rumos do serviço de trens.
A empresa responsável pelo transporte ferroviário na Região Metropolitana do estado está em recuperação judicial e afirma que só tem mais dois meses de caixa para gerir o sistema, cobrando uma dívida de R$ 2,5 bilhões. O estado, por outro lado, quer assumir o serviço até o fim deste mês.
Em uma decisão de 14 de maio, a Justiça do Rio intimou o governador Cláudio Castro a se manifestar no processo de recuperação judicial da SuperVia.
A empresa, que está em recuperação judicial desde 2021, ajuizou ações indenizatórias que somam mais de R$ 1 bilhão. A SuperVia admitiu que vai falir se o contrato de concessão não for reestruturado até junho e que só tem recursos para manter as operações dos trens até o final de julho.
O governo do Rio respondeu ao pedido da SuperVia dizendo que não tem planos de dar ajuda financeira imediata ou reestruturar o contrato da empresa. Além disso, o governo precisa de 180 dias para encontrar um novo operador que possa assumir o serviço, caso a SuperVia realmente pare de operar.
Se a situação não melhorar em 60 dias, a SuperVia pode parar de funcionar porque não vai ter dinheiro suficiente para continuar operando. Nesse caso, um plano de contingência vai ser implementado para garantir que o transporte não seja interrompido de uma hora para outra.
Esse plano inclui o fechamento de estações com menor movimento, ajustes nos horários dos trens para economizar dinheiro e atender o maior número de passageiros possível, e todas as mudanças vão levar em conta a segurança dos passageiros.
Para garantir que a SuperVia está realmente sem dinheiro e que está fazendo o possível para resolver a situação, foram nomeados dois grupos de consultoria financeira.
Vão ser revisadas as contas da empresa pra garantir que todas as informações financeiras sejam corretas. O foco também será o auxilio na criação de estratégias para manter o serviço funcionando pelo maior tempo possível com os recursos disponíveis.
Enquanto a situação não é resolvida, a audiência no dia 27 de junho vai discutir o relatório dos consultores e decidir os próximos passos. Até lá, todos os prazos legais relacionados à recuperação judicial da SuperVia estão suspensos.