Centenas de residentes que vivem perto do Monte Kanlaon, nas Filipinas, receberam ordem de desocupação nesta terça-feira (4).
Isso aconteceu depois que um vulcão entrou em erupção, enviando uma coluna de cinzas de quase cinco quilômetros para o céu, o que também causou o cancelamento de dezenas de voos.
O Instituto Filipino de Vulcanologia e Sismologia (Phivolcs) disse que o Monte Kanlaon entrou em erupção durante seis minutos na noite de segunda-feira (3), causando um “forte terremoto”. A agência alertou que a queda de cinzas e o odor sulfúrico afetariam as aldeias vizinhas.
Quarenta e três terremotos vulcânicos foram registrados nas 24 horas até a meia-noite de segunda-feira, de acordo com a agência.
Imagens nas redes sociais mostraram uma nuvem de cinzas no céu noturno. Outros vídeos mostraram uma espessa camada de cinzas cobrindo as aldeias vizinhas.
Mais de 60 voos de três companhias domésticas foram cancelados durante a noite, impactando mais de 5.000 passageiros, de acordo com a Autoridade de Aviação Civil das Filipinas.
O aeroporto Bacolod-Silay retomou as operações às 11h desta terça-feira, mas os passageiros ainda deveriam enfrentar atrasos.
Desde que o nível de alerta no vulcão aumentou para 2, os funcionários do governo local ordenaram a saída obrigatória de todos os residentes que vivem num raio de 3 quilômetros do vulcão.
“Vão aos seus respectivos centros de retirada, estejam vigilantes e preparem coisas importantes como água e comida”, alertou Jose Chubasco Cardenas, prefeito da cidade de Canlaon, na província de Negros Oriental, em um vídeo no Facebook.
Situado em Negros, a quarta ilha mais populosa do arquipélago, o Monte Kanlaon é um dos 24 vulcões sismicamente ativos do país.
Ela abrange duas províncias e fica no ponto mais alto da ilha, com uma altitude de 2.465 metros acima do nível do mar.
As Filipinas ficam ao longo do Anel de Fogo, um arco de 40 mil quilômetros de falhas sísmicas ao redor do Oceano Pacífico que abriga mais da metade dos vulcões do mundo.