Pelo menos 19 pessoas morreram em bombardeios na madrugada desta segunda-feira (3) no centro e no sul da Faixa de Gaza. Enquanto isso, o grupo Hamas e o governo israelense seguem pressionados a aprovar o acordo de cessar-fogo que foi anunciado na sexta-feira (31) pelo presidente americano Joe Biden.
O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, ligou nesse domingo (2) para o ministro israelense da Defesa, Yoav Galan, para tratar sobre o assunto. Logo depois, o porta-voz do Departamento de Estado americano indicou que Blinken saudou a vontade de Israel de concluir um compromisso e também disse que cabe ao grupo Hamas aceitá-lo.
O plano proposto por Israel prevê, em uma primeira fase, um cessar-fogo de seis semanas. A interrupção nos combates deve ser acompanhada de uma retirada israelense de áreas densamente povoadas de Gaza, também da libertação de alguns reféns e, além de prever ainda que prisioneiros palestinos mantidos por Israel sejam libertados.
Os detalhes da segunda fase devem ser negociados durante o cessar-fogo, que pode se tornar permanente se o Hamas respeitar seus compromissos, segundo palavras do Joe Biden, presidente americano.
O problema é que, na prática, ainda não há certeza de que Israel esteja pronto a aceitar também esse cessar-fogo. O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu é pressionado a não assinar esse compromisso. Inclusive dois ministros de extrema-direita ameaçaram deixar o governo caso Netanyahu coloque um fim na guerra antes dessa meta que Israel se deu de destruir o Hamas.
Já o movimento palestino declarou que o plano anunciado na sexta pelo Biden é positivo, mas reiterou a sua exigência por um cessar-fogo permanente e uma retirada total israelense da faixa de Gaza.