São Paulo recebe neste domingo (2), a 28ª Parada do Orgulho LGBT+, com expectativa de reunir mais de três milhões de pessoas na Avenida Paulista. Neste ano, o tema da comemoração é: “Basta de Negligência e Retrocesso Legislativo – Vote Consciente por Direitos da População LGBT+”.
Por causa das obras na Avenida Paulista, os trios elétricos vão percorrer o lado ímpar da avenida. O público deve entrar no evento pelas ruas Haddock Lobo e Bela Cintra. É a primeira vez desde a primeira edição, em 1997, que o evento vai seguir um trajeto diferente.
Cerca de 1.400 policiais vão reforçar a segurança, e alguns agentes vão circular à paisana no meio da multidão para prevenir furtos e outros crimes. O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) também preparou um esquema especial de monitoramento, com agentes de olho nas redes sociais desde a semana passada para identificar possíveis ameaças.
O evento deste ano conta com atrações como Glória Groove no Trio Amstel, Banda UÓ no Trio Burger King, Sandra de Sá e Ludmillah Anjos no Trio L’Oréal Brasil, Tiago Abravanel, Filipe Catto e Minhoqueens no Trio Terra, e Pabllo Vittar no Trio Vivo.
Com tantas atividades, algumas interdições são necessárias. A Avenida Paulista vai ficar fechada entre a Rua da Consolação e a Avenida Angélica a partir da meia-noite. A Rua Bela Cintra, Alameda Campinas e Rua Itapeva também terão trechos interditados.
A partir das 8h, a Avenida Paulista vai ser bloqueada entre a Praça Oswaldo Cruz e a Rua da Consolação, em ambos os sentidos.
Outras vias importantes, como a Rua da Consolação e a Avenida Ipiranga, também vão ter interdições em pontos estratégicos ao longo do dia.
A partir das 15h, a Avenida São João vai ser bloqueada após a Avenida Duque de Caxias, e o Largo do Arouche vai ter várias interdições, afetando o trânsito na região.
No sábado, o ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, afirmou que não é possível tratar de desenvolvimento sem defender cidadãos e cidadãs que pertencem a minorias. Ele participou da apresentação de três programas voltados para o público LGBT+ após um ano e meio de trabalho da Secretaria Nacional dos Direitos da Pessoa LGBT+, que integra a pasta.
Ao todo, o governo federal vai investir 8,5 milhões de reais nos três programas destinados a ações diretas para promoção e proteção da comunidade. Para Silvio Almeida, os projetos são políticas fundamentais para qualquer brasileiro:
“São políticas de trabalho, emprego e renda, e políticas de segurança. É isso que a gente está falando aqui. Então, eu falo, portanto, de políticas de trabalho, emprego e renda para pessoas que têm dificuldades em obtenção de trabalho, de emprego e renda, e quando estão lá, têm dificuldade de permanecer, porque são vítimas constantes de violência. Então, eu estou falando de pessoas que têm o tempo toda a sua vida ameaçada”.
Entre os programas estão o Acolher+, criado no ano passado para oferecer suporte às casas de acolhida; o Bem Viver+, para promoção de integrantes da comunidade que vivem fora dos centros urbanos, como quilombos e aldeias; e o projeto-piloto de trabalho e geração de renda, o Empodera+.
A secretária Symmy Larrat explicou que as ações serão avaliadas durante um ano, com foco em garantir a efetividade e a melhoria contínua dos programas:
“A gente vai sair daqui e vai visitar esses estados. Então, a gente vai ter a assinatura dessas parcerias dos estados a partir já da semana que vem. A gente está aproveitando o mês do orgulho para isso, e a execução em si começa em agosto. A partir do primeiro ano, a gente faz uma primeira avaliação mais densa. Obviamente, o comitê vai acompanhar e retornar todo esse processo”.
A Parada do Orgulho LGBT+ é um dos eventos mais importantes e tradicionais do calendário de São Paulo, promovendo visibilidade e luta pelos direitos da comunidade.