O ministro da Fazenda disse que o tema ainda está sendo negociado pelo Congresso. E frisou que o assunto não pode ser tratado de um ponto de vista partidário, mas de igualdade de competição.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que a proposta de taxar em 25% as compras acima de US$ 50 no mercado internacional ainda está sendo negociada pelo Congresso. Ele ainda frisou que o assunto não pode ser tratado de um ponto de vista partidário, mas de igualdade de competição.
Haddad confirmou que tratou do assunto com o presidente Lula. Afirmou que a discussão precisa ser de Estado e não ideológica, e que o Congresso tem feito a mediação entre as várias partes interessadas.
“Isso não é uma questão que pode ser tratada do ponto de vista partidário. É uma questão que tem a ver com igualdade de condições de competição. As pessoas estão em busca desse equilíbrio. E o Congresso está fazendo, como é o seu dever, uma mediação entre os vários interessados. E, do meu ponto de vista, o melhor é que isso fosse tratado como uma questão de Estado, não como uma questão ideológica menor. O Estado brasileiro que está protegendo, na medida correta, a competição em condições isonômicas, iguais de competição. É disso desde o começo que se trata. Então, vamos ver como é que o Congresso encaminha isso, mas há uma discussão com o Executivo, evidentemente, porque isso vai à sanção”, declarou.
Haddad disse, ainda, que a Medida Provisória para compensar a desoneração deve ser apresentada pelo Ministério da Fazenda na sexta-feira (31), mas que o acordo ficará a cargo do líder do governo no Senado, o senador Jaques Wagner.
Ajuda ao Rio Grande do Sul
O ministro também afirmou que o anúncio do crédito para empresas do Rio Grande do Sul afetadas pelas enchentes deve ser feita nesta quarta-feira (29) pelo presidente Lula. As condições foram fechadas em uma reunião nesta terça.
Haddad disse que vai ser uma linha de crédito barata para reposição de máquinas e equipamentos, com garantia e juros baixos para que essas empresas consigam restabelecer o parque industrial. Na segunda-feira o vice-presidente Geraldo Alckmin disse que o pacote será de R$ 15 bilhões.