O presidente de Taiwan, Lai Ching-te, demonstrou boa vontade e ofereceu cooperação com a China neste domingo (26), após dois dias de exercícios militares chineses perto da ilha, quando um grupo de legisladores dos Estados Unidos chegou a Taipé.
A China, que afirma governar democraticamente Taiwan como seu próprio território, realizou os exercícios militares na quinta (23) e na sexta-feira (24), chamando-os de “punição” após o discurso de posse de Lai na segunda-feira (20), que Pequim qualificou como mais um impulso para a independência formal da ilha.
A China criticou repetidamente Lai como um “separatista”. Lai rejeita as reivindicações de soberania de Pequim e diz que apenas o povo de Taiwan pode decidir seu futuro. Ele ofereceu repetidamente negociações, mas foi rejeitado.
Falando numa reunião do seu Partido Democrático Progressista (DPP), no poder, na cidade de Tainan, no Sul, Lai apelou à China para “dividir a pesada responsabilidade da estabilidade regional com Taiwan”, de acordo com comentários fornecidos por seu partido.
Ele agradeceu aos Estados Unidos e a outros países por suas expressões de preocupação sobre os exercícios chineses.
“A comunidade internacional não aceitará que nenhum país crie ondas no Estreito de Taiwan e afete a estabilidade regional”, acrescentou Lai.
O primeiro grupo de legisladores dos EUA a visitar Taiwan desde que Lai assumiu o cargo chegou à ilha no domingo, para uma visita de quatro dias, liderada por Michael McCaul, presidente republicano do Comitê de Relações Exteriores da Câmara.