A Rússia prendeu mais de 20 pessoas em conexão com um ataque reivindicado pelo Estado Islâmico que deixou mais de 140 mortos em uma casa de shows perto de Moscou em março, disse o chefe do serviço de segurança FSB nesta sexta-feira (24).
Alexander Bortnikov repetiu a afirmação da Rússia, para a qual não forneceu provas, de que a Ucrânia estava por trás do ataque. Kiev rejeitou a alegação como absurda.
“A investigação está em andamento, mas já é seguro dizer que a inteligência militar ucraniana está diretamente envolvida nesse ataque”, disse Bortnikov, segundo a agência de notícias estatal Tass.
Quatro agressores mataram a tiros os frequentadores do show no Crocus City Hall, perto de Moscou, em 22 de março, e depois incendiaram o local, no ataque mais mortal dos últimos 20 anos na Rússia.
Ao apontar o dedo para a Ucrânia, Bortnikov também disse, de acordo com agências de notícias russas, que a preparação, o financiamento, o ataque em si e a tentativa de fuga dos atiradores foram coordenados pela Internet pelo Estado Islâmico Khorasan, o ramo afegão do grupo militante.
Os suspeitos detidos pela Rússia incluem os quatro supostos atiradores, todos cidadãos do Tajiquistão, cuja detenção foi prorrogada na semana passada até 22 de agosto. Nenhuma data foi definida para o julgamento.