O Reino Unido vai às urnas no dia 4 de julho para eleger um novo Parlamento e, provavelmente, um novo governo.
O primeiro-ministro conservador Rishi Sunak surpreendeu boa parte do país nesta quarta-feira (22) ao convocar eleições gerais para a primeira quinta-feira de julho. Ele poderia escolher qualquer data até o fim do ano.
O Partido Trabalhista, de oposição, lidera todas as pesquisas de intenção de voto por uma larga margem e tem uma grande chance de vencer a disputa.
Na média das pesquisas, 44% dos eleitores dizem que pretendem votar nos trabalhistas, liderados por Sir Keir Starmer. Apenas 23% dizem que vão votar no Partido Conservador, de Sunak.
O partido que conseguir o maior número de deputados na Casa dos Comuns, a Câmara baixa do Parlamento, vai indicar o futuro primeiro-ministro.
Na prática, apenas Starmer ou Sunak têm chances de liderar o país a partir do dia 5 de julho.
O premiê resolveu anunciar a data das eleições no mesmo dia em que foi confirmado que a inflação no Reino Unido voltou a patamares históricos: 2,3%, a menor taxa em três anos.
Ele fez o anúncio na frente de 10 Downing Street, a sede do governo britânico, embaixo de muita chuva.
Os conservadores estão no poder desde 2010 e tiveram cinco primeiros-ministros neste período.
Os dois últimos, Sunak e Liz Truss, assumiram o posto sem disputar eleições, já que o sistema parlamentarista do país permite que o partido com maioria no Parlamento indique o seu líder para o posto.
O estado da economia, imigração, segurança nacional em tempos de guerra na Europa e a deterioração dos sistemas públicos de saúde e educação estão entre os assuntos prioritários para os eleitores.