Em Eldorado do Sul, todos os serviços públicos estão embaixo d’água e a população está recorrendo ao hospital de campanha montado pelo Exército.
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Municípios da Região Metropolitana de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, ainda estão calculando os prejuízos para a área da Saúde, e já registram aumento da procura do atendimentos em razão de doenças ligadas às enchentes, mas também por doenças do sistema respiratório, que tradicionalmente causam superlotação do sistema público e privado. No caso de Eldorado do Sul, cidade que está praticamente sem acesso, todos os serviços públicos estão embaixo d’água e a população está recorrendo ao hospital de campanha montado pelo Exército. Em Canoas, onde a rede é referência para cerca de 100 municípios da região, o Hospital de Pronto Socorro de Canoas, localizado no bairro Mathias Velho, tem 2 metros de água.
A secretária de saúde do município, Caroline Schirmer, disse à reportagem da CBN que os danos ainda serão contabilizados. Além do HPS, 3 das 4 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) estão alagadas e somente 8 dos 27 postos de saúde estão em funcionamento. Em razão disso, o cenário do Hospital Nossa Senhora das Graças, que tem emergência, era de corredores lotados e funcionários se desdobrando para atender os pacientes.
O plano emergencial da Secretaria Estadual da Saúde envolve a vacinação contra a Influenza de todos os abrigados no Estado até o dia 20 de maio, além de recursos adicionais do governo federal para a abertura de pelo menos 500 novos leitos destinados a crianças e UTI pediátrica e adulta, e renovação de um contrato de teleUTI pediátrica para orientar os médicos clínicas para manejar casos na falta de pediatras no local de atendimento.
“Não estamos fazendo cirurgias eletivas. Com isso, vamos aproveitar o espaço de leitos de observação, preparação e pós-cirúrgico para transformar em UTI. É o caso de Portão, por exemplo, que adequou a área de 10 leitos e está recebendo uma equipe de São Paulo para operar no local. Em Canoas, em razão do fechamento do HPS, estamos abrindo leitos no HU (Hospital Universitário)”, disse a secretária da Saúde do RS, Arita Bergmann.
Até o momento, o governador Eduardo Leite anunciou R$ 50 milhões destinados para a área da saúde. São recursos de reestruturação e apoio para hospitais que estão realizando atendimento de retaguarda às vítimas dos desastres
