O secretário-geral da ONU, António Guterres, lamentou nesta quarta-feira (8) a destruição e as mortes causadas pelas enchentes no Rio Grande do Sul. Ele também afirmou que equipes da organização internacional estão de prontidão para auxiliar o Brasil.
Além disso, Guterres disse que as inundações no estado gaúcho são um “lembrete dos efeitos devastadores da crise climática”, pedindo que a comunidade internacional atue para “conter os efeitos caóticos das alterações climáticas”.
A declaração foi compartilhada em comunicado de Stéphane Dujarric, porta-voz do secretário-geral.
Leia a nota completa de Guterres:
“O Secretário-Geral está profundamente entristecido pela perda de vidas e pelos danos causados pelas fortes chuvas e inundações no Sul do Brasil.
Ele estende suas condolências e solidariedade ao governo e ao povo do Brasil, bem como às famílias das vítimas.
A equipe das Nações Unidas no terreno está pronta para ajudar o povo do Brasil neste momento difícil.
O Secretário-Geral observa que catástrofes como esta são um lembrete dos efeitos devastadores da crise climática nas vidas e nos meios de subsistência. Reitera o seu apelo a uma ação internacional rápida para conter os efeitos caóticos das alterações climáticas”.
Destruição e mortes no RS
As enchentes no Rio Grande do Sul causaram ao menos 100 mortes. Além disso, 374 pessoas ficaram feridas e 130 estão desaparecidas, segundo informações do governo estadual até a noite desta quarta.
Das 497 cidades gaúchas, 425 foram afetadas, o equivalente a 85,5% do total, de acordo com dados da Defesa Civil.
Ao todo, 1.476.170 pessoas foram afetadas, sendo que 163.786 estão desalojados e 67.428 estão em abrigos.
O nível do lago Guaíba, que atingiu números críticos e inundou a capital Porto Alegre, baixou cerca de 20 centímetros nas últimas 24 horas, trazendo um alívio para a região.
Ainda assim, bairros inteiros estão alagados e as autoridades se mobilizam para conseguir atender as pessoas afetadas. Meteorologistas alertam para chuvas de alta intensidade até o final de semana.