A Confederação Geral do Trabalho (CGT) realizará uma greve nacional de 24 horas na Argentina nesta quinta-feira (9), contra as políticas econômicas do presidente Javier Milei.
Esta é a segunda “medida de força” contra o governo argentino em cinco meses. A primeira foi em 24 de janeiro, quando houve uma greve nacional de 12 horas.
“Vamos fazer uma greve de 24 horas pelos reajustes dos pensionistas e reformados. Não se pode ajustar sobre os setores mais vulneráveis, queremos resolver as questões salariais”, afirmou o secretário-geral da CGT, Héctor Daer.
A greve está marcada para começar a 00h, no horário local, indo até 23h59 e contempla a paralisação de diversas atividades e serviços.
Meios de transporte afetados
O Sindicato dos Bondes Automotivos (UTA) confirmou que vai aderir à greve nacional para que não haja serviço de ônibus ou trem durante 24 horas.
Em comunicado, o sindicato afirma: “Os trabalhadores do transporte de passageiros não prestarão serviços”.
O sindicato La Fraternidad, que reúne maquinistas, também aderiu à greve. Os metrôs da Cidade de Buenos Aires também não estarão funcionando.
A Associação Sindical dos Metroviários e Pré-metrôs anunciou em comunicado que vai aderir à greve em repúdio “à tarifa de transporte, ao projeto de lei de Bases e ao DNU do governo, porque não representam nenhum benefício para a maioria”.
A Associação dos Pilotos de Linha Aérea confirmou que também participará da manifestação da CGT. Por sua vez, a Aerolíneas Argentinas informou através de comunicado em suas redes sociais que está cancelando os 191 voos durante o dia da greve.
Bancos e empresas
O La Bancaria, sindicato que reúne os trabalhadores bancários, anunciou que vão aderir à greve nacional.
A previsão é que grandes redes de supermercados e shopping também não funcionem nesta quinta-feira.
A Federação Argentina dos Empregados do Comércio e Serviços divulgou que vai participar da manifestação.
“Alinhados com as reivindicações do Movimento Trabalhista, os trabalhadores comerciais decidiram parar em defesa das fontes de trabalho, da indústria nacional e em defesa do sistema provisório argentino”, pontua nota assinada pelo líder Armando Cavalieri.
Paralisação nas escolas
A Confederação dos Trabalhadores na Educação confirmou que vai aderir à greve nacional.
Este é o principal sindicato docente da Argentina e sua adesão aos protestos afetará as aulas em grande parte do país.
O que diz o governo sobre a greve geral
O porta-voz presidencial, Manuel Adorni, voltou a criticar a CGT na quarta-feira (8) em coletiva de imprensa.
Adorni afirmou que eles “são fundamentalistas do atraso” e confirmou que o dia será contado para os servidores públicos que aderirem à greve.
Quem vai aderir à greve geral?
A CGT confirmou que as entidades que participarão na greve são grupos que integram o sindicato dos trabalhadores.
Os sindicatos que aderem à greve são:
- Federação Argentina de Empregados do Comércio e Serviços (FAECYS)
- Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil da República Argentina (UOCRA)
- Sindicato do Pessoal Civil da Nação (UPCN) e Associação dos Trabalhadores do Estado (ATE)
- Federação dos Trabalhadores da Indústria Alimentar (FTIA)
- Federação das Associações de Trabalhadores da Saúde Argentinas (FATSA)
- Sindicato dos Metalúrgicos (UOM)
- Sindicato dos Trabalhadores em Turismo, Hotelaria e Gastronomia da República Argentina (UTHGRA)
- Sindicato Argentino de Trabalhadores Rurais e Estivadores (UATRE)
- Sindicato dos Mecânicos e Transportes Automotivos Afins (SMATA)
- Federação Argentina dos Trabalhadores da Luz e da Energia (FATLyF)
- Federação Nacional dos Caminhoneiros (FEDCAM)
- Sindicato de Bonde Automotivo (UTA)
- Associação Bancária (La Bancaria)
- Confederação dos Trabalhadores em Educação da República Argentina (CTERA)
Este conteúdo foi criado originalmente em espanhol.
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