O Ministério Público Federal (MPF) pediu ao Tribunal Regional Eleitoral do Rio a cassação do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro; do vice-governador Thiago Pampolha; e do presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), Rodrigo Bacellar.
O MPF apresentou, nesta segunda-feira (6), alegações finais em uma ação que apura irregularidades no financiamento de projetos e programas da Fundação Ceperj e da UERJ.
Castro, Pampolha e Bacellar ocupam os primeiros cargos da linha sucessória do governo do estado. Além da cassação dos três, o documento pede ainda que o governador e o presidente da Alerj sejam considerados inelegíveis por oito anos, a contar do pleito de 2022.
O relatório da promotoria destaca “o notório propósito político-eleitoral do esquema” com a “contratação exacerbada de milhares “colaboradores temporários” pelo governo”, selecionando apoiadores políticos que atuavam como cabos eleitorais disfarçados de servidores públicos, o que comprometeu a legitimidade do processo eleitoral em 2022.
Segundo o MPF, diversos aliados políticos, amigos íntimos e familiares do então secretário de governo do Rio e candidato a deputado estadual Rodrigo Bacellar foram contratados em seu reduto eleitoral, Campos dos Goytacazes, “sem qualquer transparência”, sendo os principais beneficiados de um esquema de contratações fantasma que superou R$ 200 mil.
Se os três acabarem cassados, o governo do Rio será comandado pelo presidente do Tribunal de Justiça do Rio, o desembargador Ricardo Rodrigues Cardozo, até a realização de um novo pleito.