A polícia prendeu vários manifestantes no sábado (4) na Universidade da Virgínia, nos Estados Unidos, enquanto dezenas ocupavam um acampamento pró-palestino no campus. As prisões foram feitas depois que as autoridades declararam “que a assembleia dos estudantes era ilegal”.
Agentes da tropa de choque entraram no campus e desmontaram as barracas rapidamente, perto das 16h, no horário de Brasília.
Manifestantes pró-palestinos estavam protestando no campus há cinco dias, segundo a imprensa local.
No início desta semana, um grupo chamado “UVA Encampment para Gaza” postou um comunicado no Instagram pedindo que a universidade pare com os investimentos direcionados à Israel.
“A administração Universidade da Virgínia militarizou nosso campus. Mas o que eles fizeram quando supremacistas brancos atacaram Charlottesville em 2017? Nada. Ligue e envie um e-mail agora. Inunde as linhas e diga-lhes para se retirarem”, diz a declaração.
Protestos nas universidades
Mais de 2.000 pessoas foram presas em protestos em universidades nos EUA desde o dia 18 de abril. As manifestações acontecem em diferentes estados americanos e também no exterior, incluindo instituições de prestígio da França.
No geral, estudantes pedem que as universidades cortem relações com empresas ligadas à Israel. As especificidades das exigências de desinvestimento dos manifestantes estudantis variam em âmbito de escola para escola.
Com a intensificação da violência e também o risco de expulsão, parte dos alunos também pede a anistia após o fim dos protestos. Manifestantes também pede um cessar-fogo na Faixa de Gaza e criticam o apoio do presidente Joe Biden à Israel.
*Com informações da Reuters