A Prefeitura de Montes Claros, no Norte de Minas Gerais, decretou situação de emergência em saúde pública devido à falta de leitos pediátricos causada pelo aumento nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave e de arboviroses causadas pelo Aedes aegypti.
Nessa quinta-feira (dia 2), uma menina de sete anos morreu, após não conseguir um leito em Unidade de Terapia Intensiva. Segundo a Unimontes, responsável pela administração do Hospital Universitário Clemente de Faria, a criança foi transferida de outra unidade em estado grave.
Ela foi então encaminhada para a sala vermelha do Pronto Socorro e contou com suporte e acompanhamento de um pediatra durante toda a internação. Devido à gravidade do caso, foi solicitada vaga em UTI pediátrica em outros hospitais da rede, porém sem sucesso.
Também foi emitido laudo para judicializar a busca por uma vaga em UTI pediátrica fora da macrorregião Norte. No entanto, a criança teve complicações no início da tarde e não resistiu.
No decreto, publicado em edição extra do Diário Oficial dessa sexta-feira (dia 3), o município define o atual cenário como “alarmante para o atendimento em pediatria”. A validade das regras estabelecidas é de 60 dias, com possibilidade de prorrogação pelo mesmo período.
A Prefeitura ainda destaca que durante a vigência da situação de emergência fica determinada a restrição de transferências de pacientes de outras cidades para Montes Claros e que uma UPA deve ser transformada temporariamente em hospital de urgência pediátrica.
Durante a vigência, ainda fica estabelecido que o município pode adotar todas as providências para solucionar o problema, inclusive com a aquisição de serviços, produtos e mão de obra sem a necessidade de licitação como ocorreria em uma situação normal.
Em nota enviada à CBN, a Unimontes lamentou a morte da paciente, expressando seus sentimentos de pesar à família enlutada e aos amigos.