Neste domingo (dia 5), o presidente Lula voltará a região para monitorar os estragos provocados pela chuva.
Em entrevista coletiva neste sábado (dia 4), o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, afirmou que, apesar do esforço, a fase de resgates é inicial. De acordo com ele, depois disso, o estado vai precisar adotar medidas excepcionais para recuperar os estragos:
“Vão ser muitos dias de muitos problemas ainda, mas nós estamos atuando em todas as frentes, com todos os apoios possível para colocar maquinário na rua, para colocar condição de restabelecer água e energia o quanto antes. Mas vai ser difícil. Vamos precisar da resiliência e paciência um pouco de todo mundo. Mas, estamos com força total para isso. Esse é o espírito. A vinda do presidente amanhã vai ser muito bem-vinda. Mais uma vez para que ele, o presidente da Câmara, o presidente do Senado, que já manifestaram estar junto conosco, possam ver in loco o que está acontecendo e entender que a gente vai precisar de medidas absurdamente excepcionais.”
Neste sábado (dia 4), os ministros da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, e da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta, desembarcaram no estado para a instalação do escritório de monitoramento que servirá como base para as ações do governo federal no Estado. A estrutura será integrada à Sala de Situação montada em Brasília, e que realizou uma nova reunião para discussão de medidas e balanço de ações já feitas.
O governo federal planeja a instalação de um hospital de campanha da Força Nacional do SUS, provavelmente em Canoas. O aeroporto Salgado Filho deve ser reaberto na segunda-feira, de acordo com o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho. Paulo Pimenta afirmou que não há limite orçamentário para ajuda:
“Nós temos amanhã um dia decisivo para resgates. Ao que tudo indica, na região do Taquari, tivemos o rio reduzindo muito. Temos agora um foco na região metropolitana. Infelizmente temos notícias de que lá e demorar mais. O limite do que vai ser colocado à disposição. Não há um limite orçamentário, não há um limite de pessoal, não há um limite de equipamento.”
Durante a reunião deste sábado, foi estabelecido que será feito um pedido para que os estados centralizem as doações ao Rio Grande do Sul nas unidades do Corpo de Bombeiros. O material passará por triagem e depois será encaminhado às bases aéreas do Galeão, no Rio de Janeiro, e de Guarulhos, em São Paulo. As principais necessidades são de colchões e roupas de cama e banho.
Até agora, são 57 o número de mortos em decorrência das chuvas no Rio Grande do Sul. Outras 74 ficaram feridas e 67 estão desaparecidas. Ao todo, 265 municípios foram afetados pelos temporais, e mais de 32 mil pessoas estão fora de casa. As informações foram reveladas pela Defesa Civil do Estado.