Apesar de publicamente o entorno do presidente Lula negar a tese de crime eleitoral no pedido no ato de 1° de maio, em São Paulo, quando pediu votos a Guilherme Boulos, nos bastidores, os aliados avaliam que atitudes como esta geram um desgaste desnecessário. E que, claro, o presidente Lula sabe que desrespeitou a regra eleitoral.
Além disso, segundo fontes da reportagem, o que deu uma má impressão ao Palácio do Planalto, foi o esvaziamento do ato no estádio do Corinthians, na Zona Leste da capital paulista. O próprio presidente reclamou, durante discurso, com o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo, sobre a falta de convocação. Lula disse que havia conversado com Macedo sobre o problema e disse que não houve esforço suficiente para levar a quantidade de gente que era preciso levar.
Com poucas chapas majoritárias, interlocutores afirmam que o PT deve apostar na campanha do deputado Rogerio Correia, que vai disputar a prefeitura de Belo Horizonte. Apesar da dificuldade da eleição, já que há outros candidatos da base petista na disputa, e da falta de posicionamentos em relação as candidaturas, o PT quer chefiar a prefeitura da capital mineira. Por isso, a expectativa é que Lula faça mais visitas ao local, em relação a outras capitais.
Lula vai encontrar o Pacheco?
Em meio a mais uma crise entre o Congresso e o Planalto, Lula convidou o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, para uma conversa na noite desta quinta-feira (2). Esse encontro, que já era esperado há alguns dias, deve acontecer no Palácio do Alvorada, por volta das 19h desta quinta.
Nos últimos dias, senadores e o próprio Pacheco manifestaram incômodo com a decisão do governo de questionar na justiça a desoneração da folha, aprovada no Congresso. Além disso, há insatisfação por parte do Planalto em relação a uma possível votação da PEC do Quinquênio, que é vista como uma pauta bomba para o governo, por causa do alto custo que pode causar aos cofres públicos.