Esse é o maior número de mortes desde início da série histórica, em 2000. Outras 2.291 mortes desde o início do ano estão em investigação.
O Brasil ultrapassou, nesta terça-feira (30), as 2 mil mortes por dengue só em 2024 e agora são 2.073 óbitos causados pela doença. Esse é o maior número desde a série histórica, em 2000. Antes disso, os recordes por mortes causadas pela dengue foram em 2023 e 2022. Pelos dados mais atualizados do Ministério da Saúde, outras 2.291 mortes desde o início do ano estão em investigação. No início da semana o Brasil já tinha ultrapassado os 4 milhões de casos prováveis de dengue, com 4.176.810 registros.
Apesar dos recordes de casos e mortes por dengue, 13 estados e o Distrito Federal estão em tendência de queda da doença. Outros oito estão em tendência de estabilidade e cinco estados registram alta: é o caso do Ceará, Mato Grosso, Pará, Sergipe e Tocantins. A secretária de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Ethel Maciel, disse que a expectativa é que haja uma redução dos casos, mas alerta sobre a necessidade de manter os cuidados.
Ela também explicou que a epidemia deste ano foi marcada por uma subida muito rápida dos casos e citou as mudanças climáticas, como altas temperaturas e o El Ninho, como fatores de impacto para a dengue. Em relação às vacinas, 600 mil doses venceriam nesta terça-feira, o diretor do Programa Nacional de Imunizações, Eder Gatti, disse que a expectativa é de uma perda “residual” das doses.
O Ministério da Saúde informou, porém, que só deve ter um panorama de quantas venceram na semana que vem em razão da vacinação ter ocorrido ainda nesta terça-feira em cidades pelo país. Ao todo 2.667.476 doses foram distribuídas desde o início da campanha de vacinação. 821.796 foram aplicadas e 1.865.238 não foram registradas: podem não ter sido aplicadas ainda ou não ter sido registradas ainda no sistema.