As forças russas avançaram em pontos ao longo da linha de frente na Ucrânia nesta segunda-feira (29), tomando um vilarejo na região de Donetsk, conquistando melhores posições na região de Kharkiv e repelindo uma série de ataques ucranianos, disse o Ministério da Defesa da Rússia.
A Rússia controla cerca de 18% da Ucrânia, no leste e no sul, e tem ganhado terreno desde o fracasso da contraofensiva de Kiev no ano passado, que não conseguiu fazer nenhuma incursão séria contra as tropas russas, que estão bem entrincheiradas.
Em fevereiro, o presidente russo, Vladimir Putin, ordenou que suas tropas avançassem ainda mais na Ucrânia após a queda da cidade de Avdiivka, onde, segundo ele, os militares ucranianos foram forçados a fugir de forma caótica.
A Ucrânia negou a alegação e afirmou que optou por se retirar de Avdiivka.
O Ministério da Defesa da Rússia pontuou que suas tropas haviam tomado o vilarejo de Semenivka, a noroeste de Avdiivka, derrotando as forças ucranianas e mercenários estrangeiros em vários outros vilarejos da região.
A Rússia também informou ter derrotado as tropas ucranianas nas áreas de Synkivka, na região de Kharkiv, e em vários outros pontos ao longo da linha de frente, além de ter atingido oficinas de drones ucranianos.
O Estado-Maior da Ucrânia ressaltou que suas tropas repeliram ataques inimigos perto de Semenivka e informou que seus soldados haviam repelido vários outros ataques russos.
A Reuters não conseguiu verificar imediatamente os relatos dos campos de batalha de ambos os lados. Os dois países impõem restrições aos jornalistas que cobrem o conflito.
O Ocidente e a Ucrânia afirmam que não descansarão até que as forças russas sejam derrotadas e classificam a guerra como uma apropriação de terras no estilo imperial com o objetivo de forçar o país a voltar à órbita de Moscou.
Mas a Rússia tem se rearmado mais rapidamente do que o Ocidente, tem um Exército maior do que antes da invasão e tem uma população várias vezes maior do que a Ucrânia, que está tentando recrutar mais soldados.
A Rússia diz que atingirá todos os seus objetivos no que chama de “operação militar especial” na Ucrânia, partes da qual Moscou agora diz considerar como território russo.