Edmundo Gonzalez, candidato da oposição na Venezuela, representará três partidos nas urnas para as eleições presidenciais de julho, depois que mais dois grupos políticos disseram nesta terça-feira (23) que conseguiram listá-lo em suas vagas.
Gonzalez, de 74 anos, já estava inscrito pelo partido Unidade Democrática, que originalmente o registrou como substituto enquanto a coalizão Plataforma Unitária decidia quem seria seu candidato, depois que a vencedora das primárias, Maria Corina Machado, foi barrada e sua suplente não conseguiu se registrar.
A Plataforma Unitária, composta por uma dezena de grupos políticos de oposição, decidiu na sexta-feira (19), horas antes de expirar o prazo para inscrição de candidatos substitutos, que o ex-embaixador Gonzalez seria seu candidato.
O presidente Nicolás Maduro, que está no poder há mais de uma década, aparecerá nas urnas para a disputa de 28 de julho por 13 partidos diferentes.
Dois outros grupos, Um Novo Tempo e o Movimento pela Venezuela, disseram nas redes sociais na tarde desta terça-feira (23) que a autoridade eleitoral permitiu que listassem Gonzalez.
O Um Novo Tempo retirou da votação seu candidato anterior, Manuel Rosales, depois que ele prometeu a Gonzalez.
“Com unidade alcançaremos a mudança”, pontuou o secretário-geral do Movimento pela Venezuela, Simon Calzadilla, em um vídeo no X.
Ativistas e governos, incluindo os Estados Unidos, acusaram a administração de Maduro de violar os acordos alcançados com a oposição em outubro para garantir eleições livres e justas.
Em 17 de abril, os EUA reimpuseram sanções ao setor de petróleo da Venezuela. Os bloqueios tinham sido aliviados em outubro, após a assinatura do acordo.