Érika Souza Vieira Nunes, a mulher que tentou fazer o tio morto assinar o saque de um empréstimo de R$ 17 mil no Rio de Janeiro, deve passar por novos exames médicos nos próximos dias. Segundo a advogada que representa a suspeita, Erika deve passar na unidade de saúde da penitenciária para que os médicos façam prescrição dos medicamentos psiquiátricos que ela vinha fazendo uso.
O principal argumento da família e da defesa de Érika é que ela não tinha consciência de que o tio estava morto e só entendeu essa situação quando peritos do Samu atestaram a morte. No processo que tramita na Justiça, os defensores de Érika anexaram laudos médicos, que mostram que ela era dependente de remédios psiquiátricos e que recebeu ao menos duas orientações de internação desde 2022.
A Justiça deve analisar nos próximos dias um pedido da defesa para revogação da prisão preventiva, para que a mulher responda ao processo em liberdade. Érika está uma unidade feminina em Bangu, na Zona Oeste do Rio.
De acordo com Ana Carla Correa, advogada de Érika, ela foi bem recebida pelas outras detentas no Instituto Penal Djanira Dolores de Oliveira, em Bangu, e tem conseguido se alimentar bem, além de tomar banhos de sol.
Érika Nunes teve a prisão em flagrante convertida em preventiva em audiência de custódia na quinta-feira (18). A defesa alegou que ela foi agredida e sofreu represálias no presídio de Benfica, porta de entrada do sistema prisional fluminense. Mas, segundo a Secretaria de Administração Penitenciária, Erika assinou um documento em que declara não ter sofrido ameaças ou violência.
Paralelo ao trâmite judicial, a Polícia Civil dá continuidade às investigações do caso. A principal tese das apurações, neste momento, é de que Érika fingiu que Paulo Roberto Braga estava vivo para os funcionários do banco, o que ficaria evidente no momento em que tentou conversar com ele e quando segurou a cabeça dele com as mãos.