A Polícia Civil do Rio investiga o desaparecimento de um menino de 7 anos que fugiu da Escola Municipal Soares Pereira, na Tijuca, Zona Norte do Rio. Braia Branquine não é visto desde a manhã de quinta-feira, quando saiu da unidade por um buraco com outras cinco crianças, que já foram localizadas. Todas moram no Abrigo Lucinha Araújo, uma Unidade de Reinserção Social (URS) da Prefeitura do Rio, também na Tijuca.
A CBN conversou com duas pessoas sobre do caso, que pediram para não ser identificadas. Uma delas explica que Braia e as outras cinco crianças, entre 7 e 12 anos, foram da Tijuca para a comunidade da Rocinha, com uma mulher que não é do convívio deles. Segundo o relato de uma delas, todas foram levadas para a casa da mulher e, depois, para residências de familiares delas na comunidade, mas Braia teria se perdido do grupo e, até o momento, não foi encontrado.
“Essas crianças fugiram dessa escola, onde deveriam estar com as vidas salvaguardadas, e uma pessoa misteriosa simplesmente levou essas crianças para Rocinha. Elas teriam sido levadas para a comunidade para ir ao encontro de pessoas da família biológica. Só que o Braia não tem vínculo na Rocinha. Então, ele foi levado junto com as crianças. Chegando na Rocinha, esse grupo acabou se separando do Braia e ele escapou, talvez na ânsia de encontrar a mãe biológica dele, que não é moradora da Rocinha”, descreveu.
A segunda pessoa disse que as quatro meninas e os dois meninos escaparam por um buraco no portão da escola, onde, segundo ela, todos deveriam estar seguros e protegidos.
“Fiquei sabendo que [as crianças] fugiram por buracos no portão, mas, independentemente de por onde elas tenham fugido – se foi um buraco no muro, se pularam o muro, abriram o portão -, não era para ter acontecido. Era para ter alguém vigiando os cantos da escola para que as crianças não passassem para a rua sem autorização do responsável”, ponderou.
O caso é investigado pela Delegacia de Descoberta de Paradeiros. Em nota, a Secretaria Municipal de Assistência Social informou que duas crianças já estão de volta ao abrigo e outras três, que são irmãs, estão com a mãe, que tem restrições de guarda. Por isso, a pasta e o Conselho Tutelar aguardam decisão judicial para que elas também voltem à instituição. Sobre o desaparecimento de Braia, a Secretaria de Assistência Social declarou que colabora com a polícia para que as circunstâncias dos fatos sejam elucidadas e que continua mobilizada com as equipes de abordagem de rua para encontrar o menino, cujo histórico familiar é vulnerável.
Questionada, a Secretaria Municipal de Educação ainda não se pronunciou. O espaço está aberto.
Qualquer informação sobre Braia Branquine, de 7 anos, pode ser repassada à Polícia Civil, à Fundação para a Infância e a Adolescência ou ao Disque Denúncia, pelo número (21) 2253 – 1177. O anonimato é garantido.