Em evento no Rio de Janeiro, Padilha disse que “não vai descer ao nível” da declaração de Lira, e que seguirá com o trabalho de articulação política do governo com o Congresso, da forma como direcionada pelo presidente Lula.
“Sinceramente, eu não vou descer a esse nível. Sou filho de uma alagoana arretada, que sempre disse, ‘meu filho, se um não quer, dois não brigam’. Eu sou deputado e sei, converso com todos os deputados, deputadas, senadores, senadoras, sei que todo mundo ali quer ser feliz, quer manter os bons resultados para o país”, afirmou.
Questionado sobre possível interferência do governo federal na votação que manteve a prisão do deputado Chiquinho Brazão, suspeito de mandar matar a vereadora Marielle Franco, Alexandre Padilha declarou que o único ato público do governo foi concordar com a manutenção da prisão. Segundo ele, cada parlamentar ficou livre para votar da forma como quis.
Entenda a briga entre Padilha e Lira
O presidente da Câmara, Arthur Lira, acusou o governo Lula de “plantar mentiras” e disse que o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, é “incompetente”. O ataque foi feito durante uma visita à feira agroindustrial de Londrina, no Paraná.
O presidente da Câmara ficou contrariado com o que considerou ser uma interferência do governo, sobretudo de Alexandre Padilha, na votação que manteve a prisão do deputado Chiquinho Brazão, apontado como mandante do assassinato da vereadora Marielle Franco. Padilha teria rompido uma regra de independência entre os Poderes ao ligar para parlamentares para pedir votos pela manutenção de Chiquinho Brazão na cadeia.