De acordo com o ministro, a dúvida é se o caixa da petroleira será suficiente para bancar o plano de investimentos da Petrobras ou se haverá a necessidade de reforçá-lo com os dividendos extraordinários.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quarta-feira (3), que o governo está aguardando informações da diretoria da Petrobras para levar ao Conselho de Administração da companhia um posicionamento a respeito a distribuição dos dividendos extraordinários, na ordem de R$ 14,2 bilhões, retidos em uma conta de reserva da empresa. A não distribuição gerou queda do valor da ações e perda de mais de R$ 60 bilhões em valor de mercado em meados de março.
De acordo com Haddad, a dúvida é se o caixa da petroleira será suficiente para bancar o plano de investimentos da Petrobras ou se haverá a necessidade de reforçá-lo com os dividendos extraordinários.
Segundoo ministro, há duas posições em relação ao tema. Parcela dos conselheiros diz que o caixa da Petrobras é robusto para não colocar em risco a execução do plano de investimentos, enquanto outros acreditam que não.
O lucro da Petrobras no quarto semestre foi de R$ 31,04 bilhões, representando uma queda de 28,4% frente ao mesmo período de 2023. A diretoria da Petrobras chegou a propor o pagamento de metade dos dividendos extraordinários. Os representantes do governo no Conselho de Administração, no entanto, votaram contra a proposta, que acabou rejeitada. Foram pagos apenas os ordinários – que são obrigatórios -, no valor de R$ 14 bilhões.