Atacante do Atlético-MG, Hulk entra nos duelos decisivos com o Cruzeiro buscando um feito que apenas Reinaldo (1976 e 1977), Ricardo Oliveira (2018 e 2019) e Elias (2017 e 2019) alcançaram com a camisa alvinegra em clássicos de finais do Campeonato Mineiro. Apenas os ex-jogadores citados marcaram pelo Galo em duas decisões distintas nas finais diretas.
O primeiro a alcançar isso peloclube foi Reinaldo. Ele balançou as redes de Raul duas vezes na conquista do Estadual de 1976, mas no primeiro jogo o árbitro José Roberto Wright assinalou na súmula gol contra de Darci Menezes, em quem a bola desviou, e depois marcou dois gols na final de 1977, na segunda e terceira partidas, mas sem conseguir evitar o título cruzeirense.
Depois de 40 anos, o volante Elias repetiu a mesma história de Reinaldo e marcou em duas finais contra o Cruzeiro. Em 2017, o gol do título atleticano foi marcado por ele, no Independência, numa vitória por 2 a 1 no jogo de volta, confronto no qual o Galo precisava apenas do empate para ser campeão.
Em 2019, a história quase se repetiu. Depois de o Galo, que tinha a vantagem de dois empates ou vitória e derrota pela mesma diferença de gols, perder a partida de ida, no Mineirão, por 2 a 1, na volta, no Independência, vencia por 1 a 0, gol de Elias, até os 34 minutos do segundo tempo, quando Fred, de pênalti, decretou a igualdade que garantiu a taça ao Cruzeiro.
Nessa final de 2019, na derrota de 2 a 1 do Atlético-MG para o Cruzeiro no jogo de ida, no Mineirão, o gol alvinegro foi de Ricardo Oliveira. Antes, em 2018, também na primeira partida da final, mas com mando alvinegro, no Independência, ele balançou a rede de Fábio duas vezes no 3 a 1 do Galo.
Hulk marcou dois dos três gols do Atlético nos 3 a 1 sobre o Cruzeiro na final única de 2022, no Mineirão. O outro foi do meia Nacho Fernández, que retornou ao River Plate (ARG). Agora, neste sábado (30), na Arena MRV, e no próximo domingo (7), no Mineirão, ele tem a chance de igualar Reinaldo, Elias e Ricardo Oliveira.
Cruzeirenses
Do lado cruzeirense, ninguém pode marcar em duas finais, a não ser que o boliviano Marcelo Moreno seja utilizado por Nicolás Larcamón, pois ele marcou na partida de ida da decisão de 2008, quando a Raposa fez 5 a 0, no Mineirão, e depois anotou na volta, na vitória por 1 a 0.
Mas na história, três jogadores também já marcaram em duas finais diferentes. O primeiro foi o meia-atacante Careca, que abriu o placar do jogo do título de 1987, vencido pela Raposa por 2 a 0, e depois marcou o único gol do 1 a 0 da final em jogo único de 1990.
O centroavante Fábio Júnior fez um triplete nos 3 a 2 do Cruzeiro, no primeiro jogo da decisão de 1998, e depois marcou de novo no 1 a 1 da segunda partida de 2000, resultado que garantiu a taça ao Atlético-MG.
O atacante Guilherme marcou num 2 a 0 do Cruzeiro na volta de 2007, ano em que o Galo ficou com a taça, pois tinha vencido a ida por 4 a 0, e voltou a balançar a rede nos 5 a 0 aplicados pela Raposa no primeiro jogo da decisão de 2008.
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