O salário médio do trabalhador brasileiro aumentou 1,2% em fevereiro, marcando o 15º mês consecutivo com alta real positiva, o que não ocorria desde julho de 2018. Os dados são do boletim Salariômetro, da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), divulgado nesta quarta-feira (27).
O piso salarial mediano foi de R$ 1.488 em fevereiro, 5,38% acima do salário mínimo (R$1.412). No acumulado dos últimos 12 meses, o valor foi de R$ 1.593.
De acordo com o boletim, 92,1% dos reajustes foram acima do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor). No acumulado dos últimos 12 meses, o índice foi de 80,6%.
Confira as categorias que tiveram aumento real mais expressivo, acima da inflação, em fevereiro:
• construção civil, com reajuste de 3,2%.
• agropecuária e serviços (ambos com 2,2%); e
• comércio e indústria (ambos com 1,3%).
A prévia de março, segundo a Fipe, mostra que 94,4% dos reajustes estão acima do INPC, com reajuste mediano salarial de 5,5%.
O levantamento mostra que a região com maior aumento acima da inflação foi o Sudeste, com ganho mediano de 3,18% nos salários. No Sul, que teve menos reajuste, a mediana ficou em 1,2%.
Em um mapeamento por estado, Roraima teve o maior reajuste mediano: 3,8%. Na lanterna, está a Bahia, com aumento salarial médio de 0,8%.
A pesquisa da Fipe é baseada em informações do mediador do Ministério do Trabalho e Emprego, a partir dos resultados das negociações coletivas.
A convenção coletiva, prevista na legislação brasileira, é uma negociação entre sindicatos de trabalhadores e representantes dos setores produtivos que estabelece normas para salários, horas-extras e condições de trabalho de categorias profissionais.
Firmadas para complementar a lei trabalhista, as diretrizes são fruto de diálogo entre empregados e patrões.