Após o advogado de Marcelo Câmara dizer que ele ‘está aberto a ouvir proposta’ de delação premiada, fontes afirmaram à CBN que só depois a PF avalia se há interesse no acordo, e a contribuição dele, a princípio, não aparenta ser essencial.
O ex-assessor de Jair Bolsonaro, o coronel da reserva do Exército Marcelo Câmara, afirmou estar disposto a fechar acordo de delação premiada com a Polícia Federal, mas fontes ligadas à investigação disseram à CBN que o acordo de delação precisa ser espontâneo, da parte do investigado, que precisa apresentar o que ele tem de informação ou dado que possa colaborar. Só depois é que a PF avalia se há ou não interesse no acordo. Os investigadores, porém, já possuem provas contra os investigados, portanto, a contribuição dele, a princípio, não aparenta ser essencial.
O advogado de Marcelo Câmara, Luiz Eduardo Kuntz, afirmou à CBN que, se em algum momento, os investigadores oferecerem essa possibilidade, ele está aberto a ouvir a proposta e não descarta fechar a negociação.
Câmara, assim como outros investigados, foi intimado a prestar depoimento no mesmo dia que o ex-presidente, em 22 de fevereiro. Como o advogado também representa outro ex-assessor de Bolsonaro, Tércio Arnaud, o general da reserva ficou sem conseguir falar com a Polícia Federal.