Começou há pouco o depoimento do tenente-coronel Mauro Cid, que chegou a PF acompanhado do advogado, Cézar Bittencourt.
Cid foi intimado a prestar um novo depoimento à Polícia Federal nesta segunda-feira (dia 11) para dar mais detalhes sobre a trama golpista arquitetada no governo Bolsonaro para evitar a posse do presidente Lula em 2023. O que os investigadores querem saber são os detalhes envolvendo o planejamento do golpe, com quem Mauro Cid falava e quais as pessoas que ele citava em conversas. Além de informações sobre as participações de cada um dos envolvidos.
Uma pessoa ligada a investigação disse à CBN, de forma reservada, que nos outros depoimentos o ex-ajudante de ordens deixou de falar muitos detalhes, como a reunião de junho de 2022, mas que os investigadores também não perguntaram à época, porque não interessava naquele momento.
Como Mauro Cid fechou acordo de delação premiada com a PF, ele deve responder todas as perguntas e não pode mentir, sob risco de perder o acordo homologado. O advogado dele, Cezar Bittencourt, já falou recentemente que Cid “vai responder a tudo o que for coerente e lógico”.
Ele foi intimado a dar mais um depoimento depois que os ex-comandante do Exército, o general Freire Gomes, e o da Aeronáutica, o brigadeiro Baptista Júnior confirmaram que o então presidente Jair Bolsonaro discutiu a minuta golpista na reunião de julho de 2022 com a cúpula das Forças Armadas e do primeiro escalão do governo. Freire Gomes falou à PF por mais de 8 horas no início do mês de março, na condição de testemunha.
No depoimento, Cid deve ser questionado sobre as minutas golpistas encontradas com aliados de Bolsonaro, uma inclusive na sala do ex-presidente na sede do PL em Brasília, além da participação do ex-presidente no plano de golpe de Estado e também envolvimento das Forças Armadas essa suposta tentativa.
O ex-ajudante de ordens foi chamado novamente a depor após depoimentos de dois ex-chefes das Forças Armadas que confirmaram que foram feitas reuniões para tratar de um golpe de Estado. O ex-comandante da Aeronáutica tenente-brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Júnior disse ter participado de reuniões onde se discutiu sobre a minuta do golpe.
No inicio deste mês, o ex-comandante do Exército general Marco Antônio Freire Gomes, passou sete horas prestandoi depoimento a pf e tambem falou sobre o plano.