O presidente Lula deu novas declarações sobre a crise envolvendo a Petrobras e essas falas voltaram a provocar baixas nas ações. Em entrevista ao SBT, o petista falou pela primeira fez sobre o caso, deu declarações que mostra que ele não deve mudar de opinião em relação aos dividendos.
Lula atacou o mercado, disse que a Petrobras precisa pensar em todos os brasileiros. E chegou a dizer que questionar se o mercado não se preocupa com a prostituição infantil.
Em meio à crise envolvendo a retenção dos dividendos extraordinários da Petrobras, Lula está reunido com o presidente da Estatal, Jean Paul Prates, há quase três horas aqui no Palácio do Planalto. Além dos dois, participam do encontro os ministros da Casa Civil, Rui Costa; da Fazenda, Fernando Haddad. E de Minas e Energia, Alexandre Silveira. E alguns diretores da Petrobras acabaram de chegar aqui no Palácio. Ou seja, essa reunião deve demorar!
Há uma crise instalada desde a última quinta-feira, quando foi divulgada a informação de que mais 49 bilhões de reais em lucros da Estatal não seriam distribuídos para os acionistas. Essa tensão pirou ainda mias depois que a colunista do O Globo Malu Gaspar divulgou que Lula teve participação nas discussões.
Mas, nesta segunda-feira, em entrevista à GloboNews, o presidente da Petrobras negou que essa decisão tenha partido por ordem do Palácio do Planalto. Ele disse que o presidente não deu nenhuma ordem sobre a questão dos dividendos:
A reação do mercado financeiro a não distribuição dos dividendos foi imediata, com uma corrida por venda e consequente perda de valor na Bolsa de Valores. Na última sexta-feira, os papéis chegaram a perder mais de 13% ao longo do dia, no pior desempenho das ações da estatal desde 22 de fevereiro de 2021. Com o recuo das ações, a Petrobras perdeu R$ 55,3 bilhões em valor de mercado.
Com a má repercussão da decisão, o presidente da estatal afirmou que os dividendos extraordinários serão pagos aos acionistas, em momento ainda não definido, pois não podem ser usados para outros fins. Prates é membro do Conselho de Administração, mas optou por se abster na votação que decidiu pela destinação do valor extraordinário para uma reserva estatutária.