A líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, afirmou nesta terça-feira (6) que o governo do presidente Nicolás Maduro “pretende ignorar” os direitos dos venezuelanos, depois de o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) ter anunciado a data das eleições presidenciais no país sul-americano, que acontecerão no próximo dia 28 de julho.
O Supremo Tribunal Constitucional da Venezuela desqualificou a candidatura de Machado no final de janeiro do ano passado, alegando que Machado não incluiu o pagamento de bônus alimentares na sua declaração juramentada de bens. A adversária de Maduro sustenta que a desclassificação é ilegal.
“Temos força e eles sabem disso”, disse Machado durante um comício em Mérida, no noroeste da Venezuela. “Eles pretendem ignorar quais são os direitos dos venezuelanos”, acrescentou, antes de pedir aos seus apoiadores “serenidade e firmeza”.
Através da sua conta X, antigo Twitter, a líder da oposição acrescentou que o seu compromisso é “conseguir eleições limpas e com a força do povo tornaremos isso possível”.
Por sua vez, o líder da oposição Juan Guaidó manifestou o seu apoio a Machado através das suas redes sociais. Ele sublinhou que no dia 21 de março, data em que começam as apresentações dos candidatos perante a CNE, “toda a Venezuela” acompanhará a candidata.
De acordo com o calendário apresentado terça-feira pela CNE, as apresentações dos candidatos serão recebidas entre 21 e 25 de março, pelo que a oposição tem 20 dias para decidir como irá proceder nestas eleições. A campanha eleitoral está prevista para durar 21 dias, entre 4 e 25 de julho.
Machado venceu as eleições primárias em outubro de 2023 com mais de 90% dos votos.
A realização de eleições presidenciais no segundo semestre de 2024 faz parte dos Acordos de Barbados que o Governo Maduro e a oposição assinaram em outubro do ano passado.
Este conteúdo foi criado originalmente em espanhol.
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