Os militares de Israel concluíram uma revisão preliminar das mortes de civis em um comboio de ajuda de Gaza na semana passada, que determinou que as forças não atacaram o comboio e que a maioria dos palestinos morreu em uma debandada, disse um porta-voz militar no domingo (3).
Também lançou uma análise mais aprofundada do incidente a ser tratada por “um órgão independente, profissional e especializado”, que partilhará as suas conclusões já nos próximos dias, disse o porta-voz, contra-almirante Daniel Hagari.
O exército também divulgou vídeos que diz mostrarem ajuda a chegar a Gaza, seja por via aérea ou por caminhões. A Reuters não conseguiu verificar de forma independente o local ou a data em que o vídeo foi filmado.
A pressão sobre Israel aumentou devido à morte de dezenas de palestinos durante um confuso incidente na Faixa de Gaza na quinta-feira (28), no qual multidões cercaram um comboio de caminhões de ajuda e soldados abriram fogo, com vários países apoiando um pedido da ONU para um inquérito.
“A maioria dos palestinos foram mortos ou feridos como resultado da debandada”, disse Hagari.
Hagari não deu detalhes sobre quem especificamente cuidaria do inquérito, mas disse que o exército coordenou 21 lançamentos aéreos de ajuda humanitária no território governado pelo Hamas e incentivou outros esforços para “aliviar o sofrimento dos civis em Gaza”.