Os crime aconteceram na Zona Oeste do Rio em menos de 24 horas.
A Delegacia de Homicídios da capital fluminense investiga a morte de duas mulheres em decorrência da disputa de territórios entre traficantes e milicianos. Os crime aconteceram na Zona Oeste do Rio em menos de 24 horas.
Nessa sexta-feira (dia 23), uma comerciante de 32 anos foi assassinada a tiros, na comunidade Cinco Marias, em Guaratiba. Testemunhas afirmam que dois homens foram ao estabelecimento da mulher cobrar uma taxa de segurança. A vítima teria se negado a fazer o pagamento e baleada, em seguida. A Polícia Civil ainda tenta descobrir quem foi o autor do crime e a motivação.
Um dia antes, na quinta-feira (dia 22), uma pastora evangélica morreu ao ser baleada durante um confronto entre criminosos na Gardênia Azul. Marta Gomes voltava do mercado com a filha, por volta das nove da noite, quando houve uma invasão de homens armados.
Traficantes atacaram a comunidade do Marcão, onde Marta morava, e houve confronto com milicianos que controlam a região. A pastora foi atingida na cabeça e nas costas, chegou a ser levada pra UPA da Cidade de Deus, mas acabou não resistindo. A Delegacia de Homicídios esteve no local pra fazer perícia e investiga a origem do disparos que mataram Marta.
A Zona Oeste do Rio é alvo de disputas de território entre milicianos rivais, principalmente depois da prisão de Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho, que comandava o maior grupo paramilitar do estado. Além disso, há confrontos entre milicianos e traficantes que tentam ocupar localidades dominadas pela milícia.
Em 2023, a região registrou aumento de 53% no número de confrontos e teve mais que o dobro de pessoas mortas a tiros, segundo um levantamento do Instituto Fogo Cruzado.