O Reino Unido está apoiando o primeiro-ministro da Holanda, Mark Rutte, para suceder Jens Stoltenberg como o próximo secretário-geral da aliança da OTAN, disse o Ministério das Relações Exteriores nesta quinta-feira (22). Rutte está de saída do governo holandês.
O presidente dos EUA, Joe Biden, também apoia Rutte como próximo líder da aliança.
O sucessor de Stoltenberg quando ele deixar o cargo em outubro tomará posse em um momento crucial, encarregado de sustentar o apoio dos membros da OTAN para a defesa da Ucrânia contra a invasão russa, enquanto protege contra qualquer escalada que atrairia a aliança diretamente para uma guerra com a Rússia.
Dependendo do resultado da eleição presidencial dos EUA de novembro, o próximo chefe da OTAN também pode ter que lidar com um segundo mandato para Donald Trump, que recentemente mais uma vez questionou seu compromisso de defender aliados da OTAN.
Rutte, que é considerado o favorito para preencher o cargo, sinalizou seu interesse no trabalho no ano passado.
O Ministério das Relações Exteriores do Reino Unido disse que Rutte é uma figura respeitada em toda a OTAN com sérias credenciais de defesa e segurança, e alguém que iria garantir que a aliança permanecesse forte e preparada para qualquer necessidade de se defender.
Os líderes da OTAN são nomeados por consenso exigindo o apoio – ou pelo menos nenhuma oposição – de todos os seus 31 membros. A Suécia está prestes a se tornar o 32º membro da aliança.
Rutte, o líder mais longevo da Holanda, anunciou inesperadamente sua saída da política holandesa em julho, mas permanece no cargo como líder interino, enquanto as negociações de coalizão continuam após uma eleição em 22 de novembro.
Stoltenberg, um ex-primeiro-ministro norueguês, serve como chefe da OTAN desde 2014. Seu mandato foi prorrogado em julho do ano passado pela quarta vez, já que a aliança optou por ficar com um líder experiente, em vez de tentar chegar a um acordo sobre um sucessor em meio à guerra entre Rússia e Ucrânia.
Diplomatas dizem que Rutte é atualmente o único candidato oficial para o cargo. A primeira-ministra da Estônia, Kaja Kallas, e o ministro das Relações Exteriores da Letônia, Krisjanis Karins, também sinalizaram interesse, mas não foram apresentados formalmente como candidatos, de acordo com diplomatas.