O Reino Unido impôs nesta quarta-feira (21) sanções a seis indivíduos responsáveis pela colônia penal do Ártico, onde o líder da oposição russa Alexei Navalny morreu na semana passada.
Líderes ocidentais expressaram indignação com a notícia das autoridades russas de que Navalny, o mais proeminente crítico doméstico do presidente Vladimir Putin, ficou inconsciente e morreu na prisão na sexta-feira (16).
Os alvos das sanções, incluindo o chefe e cinco vice-chefes da colônia penal, serão banidos do Reino Unido e terão seus ativos congelados, disse o secretário de Relações Exteriores britânico, David Cameron, em um comunicado.
“É claro que as autoridades russas viram Navalny como uma ameaça e tentaram repetidamente silenciá-lo …ninguém deve duvidar da natureza opressiva do sistema russo”, disse ele.
“Os responsáveis pelo tratamento brutal de Navalny não devem ter ilusões – nós os responsabilizaremos.”
Cameron prometeu agir sobre o assunto no sábado, enquanto Londres convocou o embaixador russo para deixar claro que considerou as autoridades russas “totalmente responsáveis” pela morte de Navalny.
A Rússia, que negou envolvimento na morte do ex-advogado de 47 anos, disse no sábado que é inaceitável que o Reino Unido interfira em seus assuntos internos.
A União Europeia também se mobilizou nesta semana para impor novas sanções contra Moscou por sua guerra à Ucrânia, já que a viúva de Navalny, Yulia Navalnaya, disse que Putin deve ser responsabilizado.
Alemanha, Lituânia e Suécia estavam entre os países da UE pedindo novas sanções específicas contra a Rússia pela morte de Navalny.
Os Estados Unidos também anunciarão um grande pacote de sanções contra a Rússia na sexta-feira (16) sobre a morte de Navalny e a guerra de dois anos na Ucrânia, disse o presidente Joe Biden nesta terça-feira (20).
O Reino Unido impôs sanções a mais de 1.700 pessoas e entidades sob seu regime de sanções na Rússia desde a invasão em larga escala da Ucrânia em fevereiro de 2022, disse o governo.
Os membros da UE aprovaram um 13º pacote de sanções contra a Rússia nesta quarta-feira (21), proibindo quase 200 entidades e indivíduos acusados de ajudar Moscou a adquirir armas ou de envolvimento no sequestro de crianças ucranianas.