É a maior onda de detenções em eventos políticos na Rússia desde setembro de 2022, quando mais de 1.300 pessoas foram presas em manifestações contra uma “mobilização parcial” de reservistas para a campanha militar na Ucrânia.
Mais de 350 pessoas foram presas em dezenas de cidades russas durante manifestações motivadas pela morte de Alexei Navalny, opositor de Vladimir Putin que morreu nessa sexta-feira (16) na penitenciária de Yamalo-Nenets, na região ártica da Rússia.
A informação é de uma das maiores ONGs de direitos humanos da Rússia, a OVD-Info. A organização atualiza ao vivo o número de presos, e a mais recente é de 12h30 no horário de Brasília —18h30 em Moscou.
Essa é a maior onda de detenções em eventos políticos na Rússia desde setembro de 2022, quando mais de 1.300 pessoas foram presas em manifestações contra uma “mobilização parcial” de reservistas para a campanha militar na Ucrânia.
O Serviço Penitenciário Federal disse em comunicado que Navalny perdeu a consciência durante uma caminhada e passou mal. O hospital que o atendeu tentou reanimá-lo por 30 minutos, sem sucesso, segundo a agência russa Tass.
Neste sábado (17), a família de Navalny foi oficialmente notificada da morte. No entanto, o governo russo disse que não entregará o corpo do opositor russo até que a investigação seja encerrada.
Navalny, de 47 anos, era um ex-advogado que ficou conhecido ao fazer acusações de corrupção ao governo do presidente Vladimir Putin. Ele se apresentava como um político liberal e principal adversário do atual presidente.